sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Janela Indiscreta

Início de noite. 
Várias tarefas domésticas atrasadas ocupavam seu tempo: dar uma "geral" no banheiro, lavar a louça, varrer o chão, organizar os quartos... 
Enfim, tudo que qualquer mortal que só possui uma diarista precisa fazer no intervalos em que a referida diarista não vai trabalhar.
Deixou a cozinha por último.
Lavava tranquilamente os pratos, os colocava no escorredor e já ensaboava os copos. 
No meio desse processo, começa a observar o movimento do prédio vizinho ao seu. Sua área de serviço dava de encontro com a área de serviço do outro. 
Num andar, o menino abria repetidamente a geladeira para desespero de sua mãe, no outro, um sarado fazia seu shake de gororobas para beber e manter o físico, famílias jantando em alguns outros.
Nesse passeio visual pelo prédio vizinho ele se divertia ao analisar o cotidiano das pessoas. De repente, uma cena chamou sua atenção: uma moça muito bonita no andar em frente ao seu. Mas não foi a beleza da moça que mais o intrigou, foram as expressões dela que estavam muito interessantes: mordia o canto da boca, mexia nos cabelos, arqueava o tronco para trás e para frente, passava a mão no pescoço...
O que estava acontecendo? Pensou ele por vários minutos.
Por um instante, só os gemidos abafados dela tinham lugar nos seus ouvidos, suas expressões sugeriam vários pensamentos dele...
A cena era muito interessante, ela levantava e  se abaixava enquadramento da janela.
Seria uma sessão grátis de "Sexytime"?
Seria a moça casada?
Seria seu namorado a desafiar a moral e os bons costumes ao lhe dar momentos de prazer inesperados?
A imaginação correu solta por vários minutos quando, de repente, tudo se tornou mais claro. 
A moça deu alguns passos para trás revelando a razão de tanto prazer:
Ela tentava abrir um pote de palmito...

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