segunda-feira, 12 de abril de 2010

As 3 peneiras de Sócrates

Segue um texto sobre um grande filósofo, Sócrates, que ao estipular limites ao que chegava ao seu ouvido, deixou de semear muitas intrigas e traições.
Para deixar muito claro, esse é um recado direto aos "amigos" que adoram falar da vida alheia, sem saber se vão causar algum mal ou sofrimento. Por isso, nunca acreditem em quem chega e fala que é meu grande amigo. Acredite sim quando EU digo: Esse é meu grande amigo!

"Augustus procurou Sócrates e disse-lhe:

-Sócrates, preciso contar-lhe algo sobre alguém!

Você não imagina o que me contaram a respeito de...

Nem chegou a terminar a frase, quando Sócrates ergueu os olhos do livro que lia e perguntou:

- Espere um pouco Augustus. O que vai me contar já passou pelo crivo das três peneiras?

- Peneiras? Que peneiras?

- Sim. A primeira, Augustus, é a da VERDADE. Você tem certeza de que o que vai me contar é absolutamente verdadeiro?

- Não. Como posso saber? O que sei foi o que me contaram!

- Então suas palavras já vazaram a primeira peneira.

Vamos então para a segunda peneira: a BONDADE.

O que vai me contar, gostaria que os outros também dissessem a seu respeito?

- Não, Sócrates! Absolutamente, não!

- Então suas palavras vazaram, também, a segunda peneira.

Vamos agora para a terceira peneira: a NECESSIDADE. Você acha mesmo necessário contar-me esse fato, ou mesmo passá-lo adiante? Resolve alguma coisa? Ajuda alguém? Melhora alguma coisa?

E Sócrates sorrindo concluiu:

- Se passar pelas três peneiras, conte!

Tanto eu, quanto você e os outros iremos nos beneficiar.

Caso contrário, esqueça e enterre tudo.

Será uma fofoca a menos para envenenar o ambiente e fomentar a discórdia entre irmãos.

Devemos ser sempre a estação terminal de qualquer comentário infeliz!"


Da próxima vez que ouvir algo, antes de ceder ao impulso de passá-lo adiante, submeta-o ao crivo das três peneiras porque:


Pessoas sábias falam sobre idéias;

Pessoas comuns falam sobre coisas;
Pessoas medíocres falam sobre pessoas!


Resumindo: Antes de se dizer meu amigo, saiba se eu o considero como tal... Meu amigo é aquele que me acompanha em tudo, sabe de todas as minhas alegrias, meus sofrimentos, come grama comigo ou degusta um bom champanhe! É aquele que é recebido em minha casa sem me avisar. Amigo meu é aquele que conhece todos os meus defeitos e mesmo assim, me defende com unhas e dentes! Sabe de todas as minhas qualidades e as exalta! E sei que estará ao meu lado pelo resto de minha vida e que com certeza segurará uma das alças do meu caixão. Você é meu amigo?


2 comentários:

Anônimo disse...

QUEM TEM AMIGO NAO PERGUNTA, AFIRMA QUE TEM!

Eduardo Monteiro disse...

Meu caro "amigo" anônimo, agradeço sua participação nesse blog. A intenção do texto não era perguntar se tenho amigos, porque esses eu sei quais são... A pergunta final era para saber se o leitor se considerava meu amigo preenchendo todos os quesitos acima. Pelo visto você não é um deles...
Grato

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