Nem tudo é o que parece...

Sábado de sol em BH, almoço em família e o papo de sempre... Parecia ser um sábado como outro qualquer. Parecia...
Meu irmão, prestes a casar, está numa correria de dar dó. Pega uma coisa ali, paga uma coisa lá, não tem sossego. Sempre sobra para alguém!
A vítima desse sábado fui eu. Com a necessidade de pegar algumas coisas na casa de sua noiva, o acompanhei até lá.
Dado adicional: essa semana houve uma repercussão sem precedentes sobre a nova camisa de treino do Atlético. Discussões sobre masculinidade, moda e briga de torcidas. Tudo pelo fato da nova camisa ser rosa claro! Para mim, que sempre usei camisas rosas, o clube está na vanguarda! Mas esse é outro assunto...
Ao chegar na casa da minha mãe, surpresa! Eu e ele estávamos usando camisas rosas... Já foi motivo de muita bincadeira, do porteiro cruzeirense ao sogro americano dele.
Fomos então à casa do sogro. Pega mala, edredon, roupa de cama, sacolas, remédios, ração para cachorro, cama de cachorro, coleira de cachorro, tudo para cachorro...
O carro foi lotado de bugigangas!
Sento eu no banco do carona, cama de cachorro no meu colo, duas cadelinhas da raça Pug, ambas com coleiras de oncinha cravejadas com strass, eu de Ray Ban e meu irmão também, todos num Citroen C3 da minha cunhada. Não podia dar outra.
Depois alguns minutos no caminho até a casa dele, dou um grito:
-Fecha esses vidros! - visivelmente preocupado.
-Porque? - pergunta ele.
-Simples... Olhe a sua volta. Qualquer um que olhar dois caboclos dentro de um C3, com dois Pugs, com coleirinha e tudo mais, vai pensar que somos um casal de gays indo visitar a "vovó" dos bichinhos... E não quero que pensem que sou o passivo...
As risadas duraram três horas e meia.