Após alguns minutos, ela solta uma das suas raras opiniões (sempre certas) sobre o tema.
"As pessoas hoje, da sua geração em diante, são muito egoístas. Só pensam nelas ou em dinheiro. Se não tem dinheiro, não se sentem felizes. Elas são vendidas e compradas, só se aproximam uma das outras por interesse. E quando esse interesse acaba, se os seus objetivos são cumpridos, descartam o outro com uma enorme facilidade."
Complemento o pensamento dela com a seguinte observação: Essas observações se estendem ao campo afetivo, à curta duração dos relacionamentos, ao "ficar", tema tantas vezes abordado nesse blog.
Hoje só se vê duas coisas: corpo ou dinheiro. Uma pessoa que você não conhece a índole, o caráter ou a família do "cidadão. "Mas ele é lindo" ou "Que corpo!" são as desculpas. Será que aquela beleza estará presente num momento de dificuldade? Será que aquele beijo ou sarro se estenderá no caso de uma doença? O que vemos são só cantadas baratas e conversas sem conteúdo.
A massificação da internet já nos traz um grande efeito colateral: a exposição sem pudores dos nossos corpos. Isso mesmo! As pessoas hoje tem uma falsa intimidade através de webcams e já se exibem como se fossem parceiros de longa data. Me lembra um pedaço de carne exposto num açougue!
A segunda opção é tão tenebrosa quanto a anterior: o dinheiro. Se impressionar pelos bens do outro, a roupa ou o carro são coisas normalíssimas hoje em dia. O dinheiro acaba. E quando não traz a soberba... Não é conversa de gente quebrada. Quem me conhece sabe do que digo.
Valorize-se e valorize o outro.
Pena que meu sentimento ao escrever estas palavras é de estar escrevendo para o vazio...
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