Eles se conheceram num desses golpes do destino. Houve simpatia mútua.
Passaram dias conversando e se conhecendo. Cada um contava detalhes da sua vida, seus gostos e suas experiências.
E, como geralmente acontece, ficaram.
O que chamava atenção era que ambos haviam sido muito machucados em seus relacionamentos anteriores. Às vezes, contavam coisas que deixavam o outro chocado...
Ele tinha tido desventuras suficientes com sua ex. Ela, por sua vez, passou maus bocados na mão do antigo namorado.
Mas a vida segue e todo mundo aprende com os erros.
Ele tentava ser o mais atencioso do mundo, a enchia de gracejos e carinhos. Ela era super carinhosa também, pensava em planos com ele e dizia-se completamente apaixonada.
Só que ambos tinham muito medo. Foram corrompidos pelo passado, como se ele pudesse ser revivido e os traumas repetidos.
Ele queria apagar seu passado e prosseguir. Afinal, ela parecia ser uma mulher promissora, com várias qualidades.
Tardiamente, descobriu que ela reatou o relacionamento com seu suposto ex-algoz.
Se sentiu um Mané. Por acreditar nas suas palavras e sentir que poderia dar certo.
Ela, uma otária, por reatar algo que já estava viciado e sem futuro. Mas, como muitas vezes, preferiu a segurança do sofrimento conhecido à esperança de algo novo e com perspectivas do desconhecido.
Poderia ter acontecido ao contrário. Acontece ao contrário também. Mas serve de lição para muita gente.
Para não ser taxado como machista, peço o favor ao leitor de trocar o "ele" por "ela" e vice-versa.
Ah...Quase me esqueci! O título também!
A Mané e o Otário...
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